Projeto RUTAS 2014

Retorno ao Andes
Dia 1
Sao Paulo - Londrina
Km rodados no dia: 536km
km acumulados: 536km

Hoje começa, ou melhor, 
já começou  o Projeto Rutas 2014! 
Acordamos mais cedo hoje para que eu pudesse chegar mais rápido no escritório, já que com a moto carregada e com bauletos laterais, fica difícil andar no trânsito pesado de São Paulo, ainda mais numa sexta-feira de carnaval. 
Por volta da hora do almoço já aponta minha moto para a estrada em direção à Londrina, onde encontrarei o restante do time: Eric, Rodrigo e Marcelo. Eles sairão cedo de São Paulo, por volta das 9h. 

Minhas 3 princesas acordaram mais cedo para me desejar SUERTE e boa aventura!

Como sempre, se não fosse a força da minha esposa e das minhas filhas, as expedições de moto pelos Andes não sairiam do papel.


                                 O começo da aventura! Todo mundo com cara de sono!

Olha o futuro das expedições de moto! Clara já querendo ir junto!

Desceram de pijama na garagem para me desejar Suerte! Amo estas 3!

Rodei cerca de 535km até Londrina. O retorno às aventuras foi regado a todo tipo de clima que dá para pegar na estrada, com exceÇao do frio. Calor de mais de 35C, chuva fraca, chuva forte, tempestade de vento daquelas que a moto anda inclinada, enfim, um dia daqueles para testar todo o equipamento.
Cheguei por volta das 19h30 e encontrei os amigos já no restaurante do hotel. Aí foi só abrir a primeira cerveja das férias e agradecer por ter voltado a colocar a moto em um tipo de viagem desta.

Retorno ao Andes
Dia 2
Londrina - Posadas (AR)
Km rodados no dia: 821km
km acumulados: 1356km

Saímos de Londrina às 7h. O intuito era sair cedão mesmo, pois o dia seria puxado, afinal além da quilometragem longa, teria a fronteira da Argentina.
Ida tranquila, mas a passagem dentro das cidades do interior do Paraná acabam sendo meio estressantes, pois acabam atrasando bastante a viagem. Só vale para o currículo motociclístico para dizer que rodou na cidade tal e tal...rs
Ah, sem contar os milhões de pedágios que as estradas no Paraná possuem. Se a qualidade da estrada fosse boa, ainda compensaria, mas não é bem assim.
Depois desta passagem burocrática, chegamos na fronteira. A brasileira, como era de se esperar, padrão Dilma, ou seja, passamos batido pois não havia ninguém para dar saída do Brasil. Por um lado achamos bom pois não perdemos tempos. Ficamos tudo felizes, comemorando que ganhamos tempo. Mas a alegria não durou mais do que 2 minutos. Explico: chegamos o complexo fronteiriço argentino e tinha uma fila gigante. Para piorar, um sol e um calor daqueles que quem já conhece o interior do Paraná conhece. 

Depois trocamos alguns "dinheiros" para Pesos Argentinos e seguimos para os primeiros quilômetros em terras estrangeiras do Projeto Rutas 2014. Para os amigos, os primeiros quilometros em terras estrangeiras com motos, para mim, a quarta vez já.....

Fomos tocando tranquilamente as motos até o primeiro abastecimento. Para manter a tradição, minha primeira presepada: armei a moto no cavalete central para abastecer, até aí tudo certo. Depois disto para descer a moto do cavalete, como a moto pesada como um Rei Momo, não consegui segurar os quase 300kg que ela está pesando por causa bagagem e...moto deitada em cima da bomba de gasolina. Não, o posto não explodiu! Mas o retrovisor da moto soltou (ou quebrou, ainda não descobri). Aí, da-lhe silver tape....e seguimos viagem até Posada. Eu ainda não conhecia a cidade. Mas posso dizer que é uma das melhores que eu já passei por estres lados. Bonita, povo simpático, bem educado. Enfim, belo desfecho para este segundo dia da aventura. 






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Dia 3
Posadas (AR) - Pres. Roque Saenz Pena (AR)
Km rodados no dia: 504km
km acumulados: 1860km

Saimos de Posadas por volta das 7h em direção a primeira parte do "pedágio" até a Cordilheira, que a o retão do Chaco. Por sorte o tempo estava nublado e a temperatura por volta dos 20 e poucos graus. Para quem conhece esta região, sabe que é uma sorte tremenda não pegar o famoso calor do Chaco.
A viagem estava correndo normal (estava, já explico) pelas retas e mais retas deste trecho. De repente vemos um desvio a direita, devido ao recapeamento de asfalto que está sendo feito em vários trechos. O que não sabíamos é que este desvio era de areia. E para piorar a situação, era areia fofa. 
O Marcelo estava na frente e entrou no desvio, deu umas derrapadas, mas consegui seguir sem problemas. Já o Eric, que estava logo atrás dele não teve a mesma sorte. Eu estava atrás dele e vi tudo com detalhes. Ao entrar nestes 50 metros de areia, a moto começou a serpentear para um lado, para outro, para o mesmo lado e.....um tombo para o lado esquerdo. Cena chata de se ver. Ruim ver um amigo indo pro chão. Como estávamos devagar, já que freamos para entrar neste desvio, nada de grave aconteceu com ele. Foi um tombo a mais ou menos uns 40km/h, mas a moto, por estar muito pesada, quebrou a alavanca de câmbio. 
Levantamos a moto, já com a moral do grupo bem abalada, e fizemos uma gambiarra para prender novamente o pedal de câmbio. 
Seguimos devagar até Saenz Pena, onde procuramos algum mecânico para arrumar melhor o pedal. Mas aqui na Argentina também é feriado, então não encontramos nada. O jeito foi abrir uma cerveja e pensar no que faríamos. Saímos para jantar e em pouco tempo já voltamos com o astral elevado de início de viagem e decidimos que continuaríamos o roteiro inicial. Depois voltamos para o hotel, onde fomos dormir para levantar acampamento no dia seguinte cedo.

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Dia 4
Pres. Roque Saenz Pena (AR) - San Salvador de Jujuy (AR)
Km rodados no dia: 688km
km acumulados: 2548km

 Saímos as 7 novamente de Saenz Pena em direção ao Pampa del Infierno. Por incrível que pareça, estava chovendo e até fazendo um friozinho! Sim, não pegamos no Chaco inteiro o famoso calor de lá! O funcionário do hotel nos disse que semana passada a temperatura variou de 45 a 50 graus....realmente tivemos muita sorte.
Conseguimos a indicação de um mecânico em Jujuy. Ótima indicação feita pelo nosso amigo do Forum Tiger Club Brasil, o Fadanelli de Cascavel. 
A intenção era chegar em Jujuy, fazer o conserto do pedal de câmbio e seguir até Humahuaca, como era o planejado. 
Porém, o mecânico foi bem claro e nos disse que o conserto não garantiria o trecho de rípio que pegaríamos em várias partes da viagem, pois a troca de marchas neste tipo de terrenos exige muito mais do pedal de câmbio. 
Resumo da ópera: Eric e Rodrigo ficarão mais um dia aqui em Jujuy, conhecendo a região e depois seguem para o Atacama, via Paso Jama. Eu e o Marcelo, vamos para a parte "Adventure" da viagem, ou seja, seguiremos para Uyuni. Sairemos amanhã cedo em direção a La Quiaca divisa com a Bolívia e depois vamos em direção a Tupiza, onde encararemos o rípio até Uyuni para conhecer o maior deserto de sal da Terra. 
Chegamos nesta "divisão temporária" da equipe depois de conversarmos bastante. Depois do Uyuni, vamos retornar para a Argentina até Pumamarca e depois seguiremos para o Atacama, onde reencontraremos o Eric e o Rodrigo. 
Infelizmente o roteiro e a preparação inicial foi para o brejo, mas é o tipo da coisa que pode acontecer numa viagem deste tipo. O mais importante é que o Eric não sofreu nada, a moto está andando normalmente e continuaremos aproveitando as coisas que só a cordilheira pode oferecer. 
Bom, por enquanto é isto. A partir de amanhã a viagem realmente começa!

Abraços a todos e continuem acompanhando a viagem, porque agora a coisa começa a ficar com cara de aventura!


 Parei para tirar uma foto na casa do "menino Rosalo", aquele mesmo que me ajudou em 2007 quando a moto ficou sem gasolina em pleno Chaco


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Dia 5
San Salvador de Jujuy (AR) - Uyuni (BO)
Km rodados no dia: 580
km acumulados: 3128

Bom, hoje começamos com a divisão temporária da equipe Projeto Rutas 2014. A equipe "Adventure", eu e o Marcelo (kkkkk, sacanagem com o Eric e o Rodrigo) saímos cedo, por volta das 7h. Tomamos um bom café na bela pousada que ficamos que, diga-se de passagem, foi muito barato pelo local e pelas instalações. Recebendo as boas energias do Rodrigo e do Eric, fomos em direção à La Quiaca, divisa com a Bolívia. 

As paisagens já começam a mudar a partir de Tilcara, onde os Andes já começam a dar o ar da graça. Paramos neste cidade e abastecemos as motos. Demos sorte pois acabamos de abastecer e já tinha sido criada uma fila enorme de carros para colocar gasolina também. 
Depois disto já começamos a andar com as montanhas da Cordilheira ao nosso lado, ao mesmo tempo que já sentíamos que estávamos em altitudes mais elevadas.
Este trajeto eu ainda não conhecia, assim como o Marcelo, então foi uma parada atrás da outra para registrarmos em fotos a beleza do local. 
Fomos tocando as motos até chegarmos na divisa com a Bolívia, que é a cidade de Villazon.
Ao contrário de vários relatos que li, os trâmites na imigração e aduana foram tranquilos e, em cerca de 50 minutos já estávamos na bela cidade (rs...olhem as fotos da cidade e vejam o que acham....rs) de Villazon (BO) fazendo o câmbio para Bolivianos.
Neste momento o Marcelo começou a sentir os efeitos da altitude. Ficou meio zonzo, com um pouco de enjoo, mas deu para seguirmos sem problemas. 
Fomos até a cidade de Tupiza, onde abasteceríamos antes de encarar os 205 km de rípio até Uyuni. 
A partir deste momento já começamos a perceber a precariedade de vários locais na Bolívia. A cidade de Tupiza possui 2 postos de gasolina. Agora, adivinhem quantos postos tinham gasolina. Nenhum! A sorte é que a autonomia das nossas Tiger são grandes e então seguimos para Uyuni. 
O começo da estrada de rípio (para quem não conhece, na Cordilheira dos Andes, várias estradas não são pavimentadas, e nome que se dá é "rípio) foi tranquilo, cerca de 50 km de chão batido, cheio de pedras é verdade, mas dava para desenvolver velocidades de 70, 80 km/h com segurança. Depois de pararmos em um "pedágio" boliviano, perguntei se as condições da estrada até Uyuni eram daquele jeito, e o rapaz com quem conversei, disse que sim.
Ah tá.....
A partir deste momento começou a parte "adventure" da brincadeira. As famosas "costelas de vaca" nos seguiram por todo o caminho. Parecia em alguns momentos que as motos iriam desmontar. Mas para deixar as coisas ainda mais legais, o rípio deixou de ser compactado, ou seja, vários trechos de rípio fofo, o que faz com que a moto tenha vida própria em alguns momentos. Aha! Tinha mais por vir. De repente avistamos uma placa com os dizeres: "Cuidado, zona de dunas". Achei que não seria nada demais. Foi um daqueles enganos clássicos. Estas tais dunas são um terreno de areia fofa que ficam ao lado da estrada (se é que podemos chamar aquilo de estrada). Com o vento forte da altitude, esta areia mistura-se com o rípio da estrada, Legal né?....rs. Parece que você começa a andar numa praia. As motos simplesmente não obedecem a direção que você quer. Na primeira entrada nestas zonas de dunas, foi Rogerio para um lado, moto para outro. Mas a experiência já ajuda, ou seja, estávamos andando em velocidade reduzida pois sabíamos que isto poderia acontecer. Para falar a verdade, nem considero um tombo, a moto praticamente tombou apenas. O pior é levantar estes trambolhos pesados na altitude. 
Depois disto a estrada não melhorou, e foram km e mais km rodando numa das piores (ou melhores...rs) estradas que já peguei. 
Chegamos a Uyuni com os últimos raios do sol. É amigos, gastamos quase 6 horas para rodar 205 km de estrada. Estradinha fácil....rs
Na chegada, confesso que chorei dentro do capacete, pois na minha última empreitada pelo rípio, em 2012, quase fui desta para melhor. Mas felizmente, Deus me deu uma nova oportunidade de conhecer as maravilhas dos Andes. E sem contar que por 2 vezes tentei vir a Uyuni, mas não tinha conseguido. 
Bueno, eu e o Marcelo festejamos muito, pois foi uma vitória daquelas chegarmos até aqui. 

Fotos do dia:

Começo do rípio. Se fosse assim o caminho todo......

Todo feliz achando que o rípio seria fácil assim...

Aqui a coisa começou a mudar

Isto sim é terreno para uma Big Trail...tem gente que anda só pelo asfalto e acha que é aventura

Cansa?Sim. É difícil? É. Vale a pena? Ô se vale!

É, nem tudo dá certo....rsrsrsrs

Pesaaaaaaaada



Sabe o lugar onde filho chora e a mãe não houve? Pois é, já sei onde fica....

Tá achando pouco? Travessia de rio....

Sujos, cansados, empoeirados, com fome, fedidos, estressados......mas felizes da vida! Chegamos pô! 

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Dia 6
Salar de Uyuni
Km rodados no dia: 0
km acumulados: 3128

Acordamos cedo e antes do passeio fomos abastecer as motos. A garagem do hotel ficava a 1 km mais menos. Ao chegarmos lá, minha moto não pegou. Achamos que poderia ser a bateria e fizemos uma transferência de carga. A moto pegou, mas não era a bateria. Depois explico o que era. Abastecemos a moto e depois fomos conhecer o Salar de Uyuni. 

Em relação ao Uyuni, não falarei nada. As fotos conseguem explicar mais do que eu. Só direi uma coisa: entendi porque este é um dos lugares mais espetaculares do mundo. Nem precisa de legenda nas fotos.

Fotos do dia:



















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Dia 7
Uyuni (BO) - Purmamarca (AR)
Km rodados no dia: A atualizar
km acumulados: A atualizar

Fomos novamente pegar as motos no estacionamento para deixar as motos na frente do hotel e ficar mais fácil para colocar as bagagens nos bauletos. Quem disse que as motos pegaram? Lembra que eu disse que o problema da minha moto não era a bateria? Pois é....
Tiramos as motos do estacionamento e as deixamos no sol uns 10 minutos. Apertei o botão start e: pegou! O frio que fez durante a noite foi muito forte e os motores ainda estavam tremendo....rs
Mas depois que as motos pegaram, descobrimos a qualidade da gasolina boliviana. Uma fumaça gigante, fedida, faíscas saindo do escapamento da Tiger 1200. Enfim, as motos estavam mais para Kombi 74 do que para motos boas....
Saímos de Uyuni pela nova estrada que leva a Potosi. Uma estrada fenomenal. Um asfalto perfeito, curvas e mais curvas. Ao sair de Uyuni, tem-se uma visão espetacular do salar e da cidade. Fomos tocando as motos nesta estrada, mas com velocidade reduzida devido a quantidade enorme de vicuñas e guanacos que atravessam a pista. Todo cuidado foi pouco. Mas a estrada realmente é espetacular. Muito melhor que as estradas que temos no Brasil. Fazer o que né...
Quando chegamos na fronteira da Bolívia com a Argentina, nas cidades de Villazon (BO)/La Quiaca (AR) encontramos uma fila gigante para fazer os trâmites de imigração. O Marcelo conseguiu se infiltrar numa parte da frente da fila e depois de uma hora conseguimos fazer os trâmites de imigração. Só o de imigração.....
Montamos nas motos e seguimos em frente. Mas e a Aduana? Pois é, esquecemos da aduana...rs. Um carro da Gerdameria Argentina veio atrás de nós e nos mandaram voltar. Ok né, fazer o que?
Nesta brincadeira perdemos mais 1h30 o que nos rendeu muitos km de estrada na cordilheira a noite. 
O vento e o frio estava muito forte neste trecho, e faltando uns 70km antes de chegar em Purmamarca (cidade onde tínhamos combinado com o Eric e Rodrigo de nos encontrarmos) resolvemos parar em Humahuaca. Ha.....
Quando entramos na cidade, percebemos que estava acontecendo uma festa parecida com o carnaval. Até aí, tudo bem. Mas não sabíamos que as ruas eram ladeiras e de terra, cheias de pedra bem grandes. Ao tentar sair da cidade, entramos numa rua que estava bloqueadas por populares (bêbados) e que não estavam deixando ninguém atravessar. Eu e o Marcelo tentamos, tentamos, tentamos negociar com vários destes bêbados, digo, populares. Foi dífícil viu, mas conseguimos. Conseguimos mas daquele jeito: embaixo de empurrões nas motos para tentar derrubá-las, pessoas jogando copos de pinga, tapas nos capacetes.....mas, aceleramos e conseguimos sair daquele "infierno" e seguimos até Purmamarca. Chegamos esgotamos fisicamente e psicologicamente. Para carimbar o dia, o hotel estava sem água. Nada como dormir exausto e sujo né?..rsrsrsrsrs

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Dia 8
Purmamarca (AR) - San Pedro de Atacama (CH)
Km rodados no dia: A atualizar
km acumulados: A atualizar

Por volta das 9h30, 10h saímos de Purmamarca, na Argentina, para cruzar o famoso Paso Jama, todo asfaltado. Neste trecho, não há muitas dificuldades. Eu já descrevi a travessia por este Paso em outro relato, então não vou detalhar muito agora, apenas deixar claro que ainda existe o "posto de gasolina" em Susques e o YPF no Paso Jama. Além disto, agora os trêmites estão integrados, ou seja, a saída da Argentina e a entrada no Chile acontecem no mesmo lugar. Bem melhor do que a última vez que fui, onde a entrada no Chile só acontecia na cidade de San Pedro do Atacama. Sendo assim, seguem as fotos deste dia:

Fotos do dia:
















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Dia 9
San Pedro de Atacama (CH)
Km rodados no dia: A atualizar
km acumulados: A atualizar

Acordamos mais tarde para poder colocar o corpo em dia, já que as kilometragens rodadas durante a viagem são grandes e cansativas. Tomamos o café da manhã e resolvemos pegar as motos e conhecer as lagunas Miñiques e Miscanti, que ficam cerca de 105 km de San Pedro, sendo uns 30 km de off road. As lagunas são espetaculares e não tem muito o que dizer. As fotos abaixo podem mostrar melhor o que é este lugar. Na volta, demos um passeio por San Pedro e durante a tarde fomos visitar o Vale de la Luna.

Fotos do dia:

























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Dia 10
San Pedro de Atacama (CH)
Km rodados no dia: A atualizar
km acumulados: A atualizar

Hoje o Marcelo e o Rodrigo foram logo cedinho, às 4h30, conhecer os Geiseres El Tatio. Como eu já tinha feito este passeio em 2007, resolvi ficar em San Pedro, para dar um trato na moto (lubrificar corrente, ver nível de óleo, arrumar o retrovisor, etc.) O Eric decidiu ficar em San Pedro também para cuidar da moto dele.  Na volta do passeio do Marcelo/Rodrigo, ficamos descansando e conversando com o Yuri, de Porto Alegre. Este, em 2012 ficou acompanhando minha viagem pelo blog até o dia do acidente. Depois disto trocamos emails, ele perguntando sobre minha recuperação, como as coisas tinham acontecido, etc. Como este mundo é pequeno, ele chegou em San Pedro ontem e ficou na mesma pousada que nós. Por coincidência, durante a conversa descobrimos quem éramos. Ê mundão! 

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Dia 11
San Pedro de Atacama (CH) - Copiapó (CH)
Km rodados no dia: A atualizar
km acumulados: A atualizar

Saímos por volta das 7h30 de San Pedro, rumo à Copiapó. Isto, Copiapó, aquela mesma cidade que fiquei em 2012, que é o local base para para quem quer fazer a travessia do Paso San Francisco. Amanhã, será o grande dia, onde terei novamente a chance de completar esta travessia dos Andes que,todos os que andam de moto e gostam deste tipo de viagem sonham  realizar. Para chegarmos até aqui, descemos a cordilheira até avistar o Pacífico. A correria nesta viagem está grande, devido as km elevadas e o pouco tempo que estamos tempo, por isto os relatos não estão sendo tão detalhados. Mas assim que tiver um tempo, vou colocar de forma mais detalhada tudo o que ocorreu na viagem. Bom, vejam as fotos:

Fotos do dia:














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Dia 12
Copiapó (CH) - Tinogasta (AR)
Km rodados no dia: A atualizar
km acumulados: A atualizar

Enfim: Consegui! 
Paso San Francisco: Travessia completa!

Bom, hoje foi um dia especial. Quem conhece a história completa sabe que só uma pessoa teimosa para uns, louco para outros, mas determinado para a maioria, faria este caminho novamente. 
Há um ano e quatro meses atrás tentei atravessar este Paso, mas pela maldade de alguns "seres humanos", poderia ter morrido. Para quem não conhece a história, em resumo, uma pick-up com placa da Bolívia acertou minha moto em cheio no dia 30/11/2012, no meio do Paso San Francisco, para roubar minhas coisas. Somente 2 dias depois acordei deste episódio triste. 
Mas enfim, a história do Paso San Francisco para mim agora está completa. 
Saímos cedo, por volta das 7h30 da cidade de Copiapó para começar a fazer a travessia. 
Claro que, como sabia o caminho, fui seguindo na frente até a entrada do Paso. Um filme ia se passando na minha cabeça. Uma mistura de ansiedade, receio e medo tomando conta de mim. Mas era natural. 
Depois dos primeiros kilometros rodados no rípio que, vale lembrar que até o complexo fronteiriço chileno é bem compactado, estes sentimentos foram dando espaço ao prazer que é pilotar por ali. 
Fomos subindo, subindo e o frio foi aumentado. Chegamos de forma fácil e tranquila até o completo chileno. Lá, um senhor que faz a manutenção do lugar se lembrou de mim. Ele ajudou a colocar a moto em cima da pick-up dos Carabineros no dia em que me resgataram e quando fui buscá-la. Legal reencontrar pessoas que me ajudaram naquele episódio. 
Depois disto, fizemos rapidamente os trâmites e seguimos por uns 50km de asfalto até chegar o temido e difícil rípio do San Francisco. 
Paramos a moto antes do início deste trecho para colocar a gasolina reserva que tínhamos levado pois, desde o começo do Paso, são 470 km sem posto de gasolina. 
Começamos a rodar pelo rípio solto, cheio de pedras, areia e com uma paisagem linda ao redor. 
Numa das vezes em que eu estava "puxando a fila", um buraco enorme, cheio de areia, afundou a roda dianteira quase até a metade, jogando minha moto para uma parte em que é praticamente impossível controlar a moto. Resultado: um tombo daqueles. Levantei rápido, com um pouco de dor no braço direito, mas que felizmente não tinha sido nada de mais grave. Minha maior preocupação era com a moto e a possibilidade de ter quebrado algo e não conseguir novamente fazer o Paso San Francisco. Graças a Deus, foi só o susto. 
Levantamos a moto e continuamos. 
Em pouco tempo avistamos a espetacular Laguna Verde. Um dos trechos do meu objetivo estava concluído. Esta laguna é uma coisa fantástica. Linda. Espetacular. Muitas fotos. Seguimos em frente. 
O rípio hora se tornava fácil, em outros momentos era muito difícil a pilotagem. Mas fomos seguindo até avistarmos a placa de divisa Chile/Argentina, onde acaba o rípio e começa o asfalto argentino. 
Ali eu senti que tinha conseguido atravessar o Paso San Francisco. Enfim, tinha conseguido meu objetivo que, desde que retornei ao Brasil após o acidente, eu queria fazer este trecho novamente, de forma completa. 
Para dizer a verdade, acho que somente uma pessoa sabia que eu retornaria ao Paso San Francisco e que, antes de conseguir fazer esta travessia eu não ficaria sossegado: minha esposa. Quero deixar registrado aqui meu eterno agradecimento a ela por ter me apoiado e confiado em mim quando decidi fazer este trecho novamente. 
Bom, a parte argentina do San Francisco tem paisagens que não dá para explicar. Parece que você está em outro mundo. É demais. 
Fiquem com as fotos, pois realmente não dá para explicar esta obra de arte natural que é o Paso San Francisco

Fotos do dia:




































14 comentários:

  1. Boa viagem, curta bastante e tome muito cuidado nas estradas! Sua família linda te aguarda com muita saudade. Te amamos, Shirley, Joana e Clara.

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  2. Acompanharei essa aventura diariamente, Suerte, paciência e muita calma.
    Bons Caminhos pra vocês todos ...

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  3. Rogerião, boa viagem, se divirta, curta a aventura ao extremo e depois me conte os detalhes em passar em boa parte da rota do Dakar 2014. Estarei acompanhando por aqui para ver as fotos e os "causos" diariamente. Absssss.
    Paulo (Liberty)

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  4. Filho querido
    Que Deus acompanhe vocês e os abençoe nesta viagem . Calma e cautela deve ser o lema de vocês. Amamos você. Deus o abençoe. Mamãe, papai e Paty .

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  5. Rogério parabéns pelo projeto! Boa sorte! Com certeza estarei te acompanhando.... Abs Marcos Siqueira

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  6. Rogério, só complementando estou Santiago no Chile e amanhã vou para Punta Renas começar a minha aventura, mas só que de navio..... Kkkkk

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  7. Agora sim a aventura começou, sem presepada não tem aventura meu caro! kkkkkkkkkk
    A minha começa hoje e se tudo der certo, será repleta delas, estou confiante! kkkkkkkkkk
    Bjs e que os Deuses dos Andes estejam com vocês!

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  8. Filho querido !!! Continuamos aqui torcendo pelo sucesso da viagem . Deus os abençoe . Te amamos sempre. Mamãe , papai e Paty.

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  9. Geio,
    Como sempre está sendo muito bom acompanhar as suas aventuras.
    Deus abençoe e ótima viagem para todos vocês!!!!
    Te amo irmão
    Bjs
    Trícia

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  10. Grande Rogério, vc é um guerreiro, um exemplo de pessoa que não desiste dos seus sonhos, mesmo passando por dificuldades. Parabens!!!! Washington - Liberty

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  11. Esta "Adventure" tá ficando boa de + ...

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  12. Show de bola Rogério. Estou aqui Feliz pela sua realização e acreditando que tudo dará certo nessa viagem.
    Abs, Evandro

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