Desde a última aventura de moto pelos Andes, onde sofri o grave acidente que, tudo indica tenha sido provocado por uma pick-up com placa da Bolívia para me assaltar, muitos acharam que eu "penduraria" o capacete ou desistiria de planejar as viagens de moto pelas Carreteras ou Rutas da América do Sul.
Mas confesso que em nenhum momento eu quis abandonar este hobbie de colocar os pés na estrada.
E aqui estou novamente, a poucos dias de voltar a subir a Cordilheira dos Andes acelerando uma moto. Agradeço a Deus e a minha família por isto!
O início da preparação
Uma das coisas que ficou claro após o acidente, é que uma aventura de moto deste tipo sem a companhia de pelo menos mais um companheiro de viagem, torna tudo mais arriscado. Não posso dizer que deixei de gostar e de viajar de moto sozinho, mas desta vez não quis arriscar minha segurança.
Coloquei a ideia desta viagem no Forum Tiger Club Brasil, e para falar a verdade, achei que seria difícil conseguir companheiros para encarar a empreitada.
Mas não é que eu estava errado. Apareceram vários interessados em se juntar a mim nesta viagem e formamos um grupo de 6 motociclistas. Infelizmente 2 tiveram que abandonar o Projeto Rutas 2014 por motivos particulares.
O time ficou definido com 4 participantes, sendo eu com minha Tiger 955i, o Eric de São Luiz do Paraitinga, também de Tiger 955i, e o Rodrigo e o Marcelo, ambos de Tiger Explorer 1200.
As Motos
O Roteiro
Uma coisa que já tentei fazer nas outras vezes que viajei para os Andes é conhecer o Salar de Uyuni, na Bolívia. Numa das vezes o estilo da moto não permitiu. A Harley-Davidson 883 que tive foi muito valente, mas não conseguiu, por motivos óbvios, encarar as estradas de rípio. Da última vez, não consegui completar o roteiro pelo acidente.
Então, nada mais justo do que incluir o Salar de Uyuni como o objetivo principal da viagem. Feito isto, o Deserto do Atacama foi colocado também no roteiro, pelo fato de ser um lugar maravilhoso e os outros 3 amigos não conhecerem ainda. O Paso San Francisco também entrou na brincadeira pois, além de ser uma questão de honra eu conseguir completar o Paso San Francisco desta vez, só quem já esteve lá sabe como é lindo aquele lugar. O roteiro final ficou assim:
Os Equipamentos
Capacete
Desta vez estou indo novamente com um Shoei X-11. Ficou claro que um capacete top de linha faz a diferença e pode salvar a vida quando mais precisamos dele. Digo isto porque o maior impacto que sofri no acidente da última viagem foi na cabeça, e o Shoei fez o seu papel. Custa caro? Sim, demais! Mas este é o principal equipamento de segurança que o motociclista tem, então, não podemos bobear.
Jaqueta
Uma das coisas que mais incomodam neste tipo de viagem é o calor em determinadas regiões como, por exemplo, a Região do Chaco (Argentina). A temperatura chega facilmente a 40º, 42º, 45ºC. Agora imaginem a sensação térmica dentro de uma jaqueta de cordura, calça, botas, luvas. Desta vez queria uma jaqueta que tivesse a proteção térmica adequada para as altitudes, mas que possuísse uma boa ventilação. De todas que eu procurei, gostei bastante da Alpinestars Cape Town.
Estava com a idéia de fazer a viagem desta vez
com um pneu mais voltado para o Off Road, como o Metzeler Karro ou o Continental
TKC80. Mas como eles possuem pouca durabilidade no asfalto, teria duas opções. Uma
era levar o par de pneus e trocar em Salta, na Argentina, antes de encarar o
trecho de rípio do Salar de Uyuni. Mas pelo cronograma apertado, perder tempo
com a troca ficou inviável. Outra opção seria já sair de São Paulo com estes
pneus, mas iria chegar na travessia do Paso San Francisco com um desgaste muito
grande, ou que não adiantaria ter um pneu Off Road e praticamente careca. Por
isto optei por colocar um On/Off, e como já tinha um dianteiro Metzeler
Tourance de reserva em casa, coloquei o traseiro zerado e este será o pneu da
empreitada.
Para completar o conjunto Alpinestar, além da jaqueta, vou com o mesmo modelo de calça e a bota impermeáveis.
As luvas para as temperaturas baixas da Cordilheira serão as Triumph Acton e para o calor uma da Lúmica com cano curto.
Documentação
Os documentos para se rodar
no Mercosul são os de sempre, ou seja:
Ø Carta
Verde, que é um seguro para terceiros no caso de acidente:
Ø Carteira
de identidade (o mais recente possível) ou passaporte;
Ø Documento
da moto;
Ø Carteira
de vacinação internacional (vacina contra febre amarela – obrigatório para a
Bolívia)
Ø NOVO:
seguro SOAPEX, que é um seguro para acidentes pessoais e para terceiros,
obrigatório no Chile. Neste caso encontrei informações que é obrigatório desde
o ano passado e informações de que para 2014 não estão pedindo mais. Por via
das dúvidas achei melhor pagar os R$ 25,00 e emitir pelo site www.magallanes.cl (melhor ter e não pedirem do que o contrário né?)
Como é que estão conseguindo dormir? Eu já teria comido todos os dedos!!! rsrs
ResponderExcluirExcelente viagem a todos, vão com Deus e com cautela!
Forte abraço e estarei viajando com vocês!
Toninho Ausenka
Que os Deuses dos Andes te protejam meu amigo e que os seus caminhos sejam iluminados!
ResponderExcluirComo sempre, estarei torcendo para que essa seja uma viagem repleta de alegrias e paisagens deslumbrantes.
Sempre que possível passarei por aqui para acompanhar mais essa aventura.
Ah e volte cheio de causos para contar.
Beijos,
Mara
Fala Seu. Saudades do amigo. Beba uma por mim. Abraço!
ResponderExcluirFala Seu. Tudo bem por aí? Abraço. Beba uma por mim!
ResponderExcluir